Somos uma igreja acolhedora


Por Jônatas da Cunha Ferreira

O texto de Atos 2.42-47, que tem sido base das nossas reflexões nas últimas semanas, relata ainda mais um compromisso dos primeiros cristãos que nos apontam princípios fundamentais de nossa vida cristã para sermos uma igreja saudável. Ele diz: “… e [perseveravam] na comunhão” (v.42b). Lucas dá maior ênfase neste ponto, estendendo-se nos detalhes. Ele segue descrevendo de que forma os cristãos perseveravam na comunhão: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (vv.44-47).
Os crentes estavam comprometidos com relacionamentos sinceros. Caminhavam como uma igreja acolhedora e, por isso, crescia integralmente. O amor que os distinguia levou muitos a Cristo. Desfrutavam da constante companhia uns dos outros. Havia um compromisso comunitário. A vida era compartilhada de tal modo que todos se dispunham a suprir as necessidades uns dos outros. (v.45).
Precisamos ser uma Igreja Acolhedora. E uma igreja acolhedora é feita por cristãos que assumem um compromisso comunitário. E isso requer participação contínua da vida comunitária da igreja e estar presente de maneira constante nas reuniões da igreja. Requer desejar a companhia dos irmãos ao redor da Palavra e em oração – no templo e nas casas. Requer servir na comunidade da fé. Contribuir com a igreja. Envolver-se; doar-se de si mesmo e de seus bens. Colocar dons, talentos e conhecimento a serviço de Cristo para crescermos juntos. Requer a integração de novas pessoas à família da fé, tornando-se um agente ativos da integração dos que tem chegado para a comunhão. É chamar os que “são de fora” para “dentro” para que “façam parte” efetivamente da vida comunitária.
Ser uma igreja acolhedora é não viver para si mesmo, mas uns para os outros. As parábolas e imagens do reino glorioso de Cristo sempre envolvem mesas fartas, festas, multidão de todas as línguas e nações. Paulo fala de uma nova família e um corpo. João fala de um rebanho e uma cidade. Essas imagens revelam que no Reino de Deus é as pessoas se encontram na comunhão festiva com Cristo.
Por isso, abra seu coração e sua casa. Assuma um compromisso comunitário. Deseje ter relacionamentos profundos. Não seja apenas um expectador. Seja um cooperador. Conquiste a simpatia dos que são de fora e atraia-os para Cristo pelo amor e pela simplicidade.
Jônatas da Cunha Ferreira • iptubarao.wordpress.com
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