O Conhecimento de Deus
“O estudo correto do eleito de Deus, é Deus. O estudo apropriado do cristão é a Divindade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a pessoa, a obra, as ações e a existência do Grande Deus, a quem chamamos de Pai.
Nada melhor para o desenvolvimento da mente do que a contemplação da Divindade. Trata-se de um assunto tão vasto que todos os nossos pensamentos se perdem na sua imensidão, tão profundo que nosso orgulho desaparece em sua infinitude.
Podemos compreender muitos temas, derivando deles uma certa satisfação pessoal e pensando enquanto seguimos nosso caminho: Olhe, sou um sábio! Mas quando chegamos a esta ciência superior e descobrimos que nosso fio de prumo não consegue sondar sua profundidade e os nossos olhos de água não podem ver sua altura, nos afastamos pensando que o homem vaidoso pode ser sábio, mas não passa de potro selvagem, exclamando então solenemente: Nasci ontem e nada sei!
Nenhum tema contemplativo tende a humilhar mais a mente do que os pensamentos sobre Deus, ao mesmo tempo, porém, que este pensamento humilha a mente, ele também a expande. Aquele que pensa com freqüência em Deus, terá a mente mais aberta do que alguém que apenas caminha penosamente por este estreito globo. O melhor estudo para expandir a alma é a ciência de Cristo e este crucificado, e o conhecimento da Divindade na gloriosa Trindade. Nada alargará mais o intelecto, nada expandirá mais a alma do homem do que a investigação dedicada, ansiosa e contínua do grande tema da Divindade.
Ao mesmo tempo que humilha e expande, este assunto é eminentemente consolador. Na contemplação de Cristo existe um bálsamo para cada ferida; na meditação sobre o Pai há consolo para todas as tristezas; e na influência do Espírito Santo há alivio para todas as mágoas.
Você quer esquecer sua tristeza? Quer livrar-se dos seus cuidados? Então vá atirar-se no mais profundo mar da Divindade de Deus. Perca-se na sua imensidão e sairá dele completamente refrescado e revigorado.
Não conheço coisa que possa confortar mais a alma, acalmar as ondas da tristeza e da mágoa, pacificar os ventos da provação, do que uma meditação piedosa a respeito da Divindade”.
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