O Porque de irmos à Igreja
por Fred G. Zaspel
A epístola aos Hebreus foi escrita em grande parte para exortar cristãos professos a continuar com o Senhor. Alguns estavam sendo tentados a desistir, e o escritor bíblico adverte-os urgentemente quanto às consequências terríveis de se abandonar a Cristo.
Dentro desse contexto somos exortados: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10.25). O que está em vista aqui, obviamente, são as reuniões formais da igreja. E o ponto é que a participação em tais reuniões não é somente o nosso dever, mas o nosso suporte, o meio pelo qual somos fortalecidos a continuar com o Senhor. O ajuntamento público do povo de Deus é um dos meios apontados pelo próprio Deus para nos guardar. Chamamos isso de um “meio de graça”. Colocando de uma forma simples, nos reunimos porque precisamos disso.
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns”. Warfield comenta que, ao ler isso, você pode quase ver o escritor bíblico rosnando quando escreve a última frase: “como é costume de alguns”. Quem são essas pessoas tão fortes e tão supremamente santas, que não precisam desse meio de graça divinamente designado? Eles são realmente tão fortes, tão seguros, tão maduros que não precisam da adoração e do ministério comum da Palavra que Deus designou para eles? Quanta arrogância! Que tolice. Eles estão cortejando o pior de todos os perigos, e parecem não perceber isso.
Warfield comenta ainda que, como em tudo o mais, também aqui o nosso Senhor mesmo é exemplo. Após o seu batismo e tentação no deserto, ele voltou para Nazaré e no sábado foi à reunião na sinagoga, “como era seu costume”. Era prática do nosso Senhor tomar parte com o povo de Deus no local de adoração ao qual ele pertencia. Esse que acima de todos os outros era agradável a Deus em todas as coisas, esse que é o homem supremamente perfeito, sem pecado, sentiu que mesmo ele não poderia negligenciar o culto público regular.
A despeito das imperfeições, da falta de vivacidade e de que tudo ali era indigno dele, Cristo viu o culto público como uma provisão divina para ele. Mesmo o nosso Senhor precisava disso e foi nisto fiel.
Vamos à igreja porque é bom para nós, porque precisamos dela, e porque Deus nos ordena a fazê-lo. Nossa participação nas reuniões públicas tem muito a nos oferecer. Quer saibamos ou não, não podemos viver sem esses encontros. E a nossa atitude para com eles fala muito sobre nós.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – julho/2012
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