Deus criou o universo por causa da Sexta Santa




Por John Piper

No painel de discussões do “The Gospel Coalition” fui perguntado sobre como minha pregação pôde ter se tornado mais Cristocêntrica ao longo dos anos. Eis aqui um resumo da minha resposta. Minha devoção à verdade de que Deus exalta a si mesmo em tudo que ele fez tem, cada vez mais, sido apurada em uma direção cristocêntrica. Tenho sido dirigido por um conjunto de ideias.

1. O ápice da glória de Deus está na manifestação de sua graça

“Deus nos predestinou… segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Efésios 1.5-6). A graça é o ponto alto na revelação da glória de Deus.
Isto é visto à medida em que sua ira o faz mais glorioso para os vasos de misericórdia. “Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão” (Romanos 9.22-23)

2.  A glorificação da graça de Deus foi planejada antes da criação

“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Efésios 1.4-6)

3. A glorificação da graça de Deus aconteceria através do Filho de Deus, Jesus Cristo.

“e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça” (Ef 1.5-6)
“[Deus] que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (2Timóteo 1.9)

4. Desde a eternidade o ápice da glorificação da graça de Deus estava designada para ser a crucificação de Cristo por pecadores.

Antes que houvesse qualquer pecado humano para morrer, Deus planejou que seu Filho morreria por pecadores. Sabemos disto por causa do nome dado ao Livro da Vida antes da criação. “e adorá-la-ão [a besta] todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13.8).

5. A glorificação da graça de Deus na crucificação de seu Filho por pecadores foi o propósito último para o qual o universo foi criado.

“Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1.16). Por toda eternidade cantaremos “a canção do Cordeiro” (Apocalipse 15.3). E diremos: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Apocalipse 5.9)

6. Portanto, Deus planejou desde a eternidade que a revelação de sua glória deveria ser a razão última para a criação do universo.

Esta glória seria supremamente revelada na graça de Deus. Esta graça deveria ser supremamente glorificada em Jesus. E o ápice desta glorificação em Jesus seria alcançado em sua morte para salvar um povo que passaria a eternidade magnificando a grandeza desta graça. Em outras palavras, o universo foi criado para a glorificação da graça de Deus no Calvário, ecoando na eternidade na exaltação de Cristo pela alegria dos remidos.
John Piper • Tradução Jônatas Cunha • desiringgod.org
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