O verbo se fez carne... (João 1.14)
por Alan Brizotti
Este é um dos textos mais arrebatadores das páginas da Bíblia.
Ele expõe uma verdade fantástica: A espiritualidade acontece na vida!
É um texto que se abre, cresce, salta aos olhos.
Trabalha a graça e a verdade, mostrando que a verdade, amada pela graça, produz espiritualidade de vida, produz a beleza magnífica de um existir cristocêntrico.
Soa paradoxal – espiritualidade e carne – mas é exatamente esse o propósito da espiritualidade cristã, transformar a historia, mudar vidas, quebrar antigas síndromes legalistas que insistem em criar obstáculos para a verdadeira espiritualidade – a espiritualidade que respira o mesmo ar dos humildes.
O verbo se fazendo carne é Deus vestindo a humanidade, adotando o limite, existindo sob o nosso ponto de vista, é Deus sentindo na pele os nossos dramas, vendo o que nossos olhos podem ver, ouvindo melodias e gemidos, existindo entre o caos e a ordem, entre o sorriso e a lágrima, é o coração que bate como o nosso – isso é espiritualidade!
É o Cristo!
O verbo agora anda, fala, transpira, cansa, dorme, vive conosco.
É a palavra que se torna prática; a prática que se torna sentimento; o sentimento que torna sacrifício – o sacrifício que traz vida!
Diminuir esse feito é mais que medíocre, é desprezível.
O cristianismo da atualidade não pode se contentar com ritualismo frio, com retórica vazia, com barulho sem amor, isso é anular a graça de um verbo que vem pra andar com a gente.
O desafio maior de hoje é resgatar essências.
É gritar em alto e bom som que a espiritualidade não é um projeto reducionista, não pretende produzir mitos nem ídolos, mas é um projeto de vida, onde cada abraço tem as marcas da graça, onde o sol faz sentido, onde o chão que a gente pisa é um palco onde a graça dá seu espetáculo.
Espiritualidade é um projeto de vida!
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É isso ai! De cabeça erguida, com os olhos fixos ao céu, pois é de la que vem o meu socorro. Aleluia!
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