Obediência - O Lugar que ela ocupa nas Escrituras Sagradas [1]

por Andrew Murray
# Excertos Extraídos de A Escola da Obediência


Começaremos no Paraíso. Em Gênesis 2.16, lemos: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem:...”, e mais tarde, em Gênesis 3.11, “Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” 

Perceba que a obediência ao mandamento é a única virtude do Paraíso, a única condição da permanência do homem ali, a única coisa que o seu Criador lhe pede. 
Nada se diz sobre fé, ou humildade, ou amor: a obediência inclui isso tudo.
Provém da soberania de Deus o direito e a autoridade de exigir obediência, e fazer dela a coisa que vai DETERMINAR O DESTINO DO HOMEM.
Na vida do homem, obedecer é a única coisa essencial.
Volte-se agora do início para o final da Bíblia. 

No último capítulo se lê (Ap 22.14): “Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham poder na árvore da vida” Temos o mesmo pensamento nos capítulos 12 e 14, onde lemos sobre os descendentes da mulher (12.17), “que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”; e da paciência dos santos (14.12), “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”. 
Do início ao fim, da perda do Paraíso até a sua recuperação, permanece imutável a lei — é somente a obediência que permite acesso à árvore da vida e ao favor de Deus.
E se você indagar o que é que provocou a mudança entre a desobediência inicial, a qual fechou o acesso à árvore da vida, e a obediência do final que proporcionou o retorno a ela, volte-se para O QUE ACONTECEU NO MEIO DO CAMINHO entre o início e o fim — a cruz de Cristo.

Leia Romanos 5.19: “... por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos”; ou Filipenses 2.8,9: “... tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira...”; ou Hebreus 5.8,9: “... embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem...”, e você perceberá que a redenção de Cristo consiste na restauração da obediência a seu lugar apropriado. 
A beleza da Sua salvação consiste nisto, que Ele nos reconduz à vida de obediência, que é a única forma de a criatura dar ao Criador a glória devida a Ele, ou receber a glória da qual o Criador deseja fazer a criatura participante.
Paraíso, Calvário, Ceu, todos proclamam a uma só voz: “Filho de Deus! a primeira e a última coisa que teu Deus requer de ti é simples, total, imutável obediência”.

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